Márcio Catunda
Na
utopia do romantismo erótico,
o
poeta celebra o rumor e a concha.
O
sopro da linguagem tempera a paisagem.
Ferido
pelos punhais da lua,
quer
flutuar em simetrias de luz,
nas
ondas de um mar em chamas.
Quer
expandir os sentidos no ato de viver,
até compreender as energias totais.
Cantor
das tardes em lazuli
e
da melodia dos lilases,
arde
nos cromos da palavra que fascina.
Arauto
dos delírios da circunstância sagrada.
Alumbrado
de seduções líricas,
permanece
ungido pelo senso da eternidade.
Cultor
da pele constelada das sereias cálidas.
canta
a festa depois dos vendavais da busca
e
a lembrança feita escultura de música.
Perpetua
a idade do sonho,
no
Ícone femenino do luar.
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