sábado, 22 de novembro de 2014

O Advogado de Cristo


               Dimas Macedo


               Augusto Neto foi meu aluno no Curso de Especialização em Direito Ambiental da Escola Superior do Ministério Público/Universidade Estadual do Ceará. A sua personalidade e a sua postura forte e decidida, a convicção dos seus argumentos e a elegância da sua maneira de expor os seus pontos de vista e de saber se render às minhas explicações de ordem filosófica ou doutrinária evidenciaram, de logo, o inteligente profissional do direito que se escondia por trás da sua discreta maneira de agir.

             A empatia que se estabeleceu entre nós se estendeu para além da sala de aula. E nos intervalos entre um e outro módulo que eu ia ministrando, as nossas conversas foram se amiudando, e eu fui sentindo com o tempo que podia ganhar uma amizade desinteressada.

             Ao final do Curso, Augusto foi se revelando ainda mais atencioso, e me surpreendeu de forma positiva quando presenteou-me com a 2ª edição do seu livro – O Advogado de Cristo –, pedindo-me que eu o lesse e escrevesse um prefácio para a 4ª edição (Fortaleza: Impece, 2007).

             Apesar de já ter declarado (de fato e por escrito) que não mais escreveria qualquer forma de apresentação de livro de outros escritores, face à complexidade e à extensão da minha obra literária, que estão a exigir maiores cuidados e dedicação diuturnos, rendi-me à elegância do seu convite e resolvi lhe prestar as minhas homenagens.

              Li o seu livro e a sua peça de defesa do maior de todos os seres que a humanidade até o momento conheceu. E li-os com o maior prazer e com a curiosidade sempre aguçada para as linhas mestras do seu raciocínio. Vi, na nota de abertura do livro, que Augusto Neto já subiu trinta e seis vezes ao Tribunal do Júri e que já amealhou pelos menos trinta absolvições daqueles que inteligentemente lhe confiaram as suas causas.

              Tratando-se, no caso do autor desse livro, de um homem de fé e de convicções éticas e morais inabaláveis, me parece coerente afirmar que Deus – o Cristo, o Filho do Homem, o Profeta Maior da Esperança, da Justiça e da Fraternidade – o escolheu para a sua defesa diante do Tribunal do Júri.

              Valendo-se dos recursos, das normas, da doutrina e de outros elementos substanciais e processuais do Direito Moderno, o autor promove a Defesa de Jesus, não nos deixando dúvida de que o Tribunal da Ética Cristã e Humana dos seus leitores e admiradores aceitou a sua brilhante peça de Defesa.

              Augusto Neto não constitui tão-somente uma promessa no campo específico do Direito: é uma revelação e uma reserva moral que já se tornaram indispensáveis. Acredito no seu indiscutível talento de advogado e de jurista e recomendo aos leitores um voto de confiança no seu futuro promissor.

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