Dimas Macedo
Augusto Neto foi meu aluno no
Curso de Especialização em Direito Ambiental da Escola Superior do Ministério
Público/Universidade Estadual do Ceará. A sua personalidade e a sua postura
forte e decidida, a convicção dos seus argumentos e a elegância da sua maneira
de expor os seus pontos de vista e de saber se render às minhas explicações de ordem
filosófica ou doutrinária evidenciaram, de logo, o inteligente profissional do
direito que se escondia por trás da sua discreta maneira de agir.
A empatia que
se estabeleceu entre nós se estendeu para além da sala de aula. E nos
intervalos entre um e outro módulo que eu ia ministrando, as nossas conversas
foram se amiudando, e eu fui sentindo com o tempo que podia ganhar uma amizade
desinteressada.
Ao final do
Curso, Augusto foi se revelando ainda mais atencioso, e me surpreendeu de forma
positiva quando presenteou-me com a 2ª edição do seu livro – O Advogado de
Cristo –, pedindo-me que eu o lesse e escrevesse um prefácio para a
4ª edição (Fortaleza: Impece, 2007).
Apesar de já
ter declarado (de fato e por escrito) que não mais escreveria qualquer forma de
apresentação de livro de outros escritores, face à complexidade e à extensão da
minha obra literária, que estão a exigir maiores cuidados e dedicação
diuturnos, rendi-me à elegância do seu convite e resolvi lhe prestar as minhas
homenagens.
Li o seu livro
e a sua peça de defesa do maior de todos os seres que a humanidade até o
momento conheceu. E li-os com o maior prazer e com a curiosidade sempre aguçada
para as linhas mestras do seu raciocínio. Vi, na nota de abertura do livro, que
Augusto Neto já subiu trinta e seis vezes ao Tribunal do Júri e que já amealhou
pelos menos trinta absolvições daqueles que inteligentemente lhe confiaram as
suas causas.
Tratando-se,
no caso do autor desse livro, de um homem de fé e de convicções éticas e morais
inabaláveis, me parece coerente afirmar que Deus – o Cristo, o Filho do Homem,
o Profeta Maior da Esperança, da Justiça e da Fraternidade – o escolheu para a
sua defesa diante do Tribunal do Júri.
Valendo-se dos recursos,
das normas, da doutrina e de outros elementos substanciais e processuais do
Direito Moderno, o autor promove a Defesa de Jesus, não nos deixando dúvida de
que o Tribunal da Ética Cristã e Humana dos seus leitores e admiradores aceitou
a sua brilhante peça de Defesa.
Augusto Neto
não constitui tão-somente uma promessa no campo específico do Direito: é uma
revelação e uma reserva moral que já se tornaram indispensáveis. Acredito no
seu indiscutível talento de advogado e de jurista e recomendo aos leitores um
voto de confiança no seu futuro promissor.
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