Memento Para Cristina Couto
Dimas
Macedo
Cristina Maria de Almeida Couto é natural de Lavras da Mangabeira - CE (06/05/1963). Filha de Benevenuto Teles Couto, Engenheiro Agrônomo, e da professora Marilê Ferro de Almeida Couto, sendo seus avós paternos, Francisco Teles Couto e Júlia Alves Couto, naturais de Jardim (CE); e avós maternos, Antônio Augusto de Almeida, nascido em Sousa, na Paraíba, e Ana Ferro de Almeida, proveniente dos Inhamuns.
Durante nove anos (a partir de 1971),
morou no Posto Agropecuário do Sítio Volta, mudando-se depois para a residência
oficial do Colégio Agrícola de Lavras da Mangabeira, instituições das quais seu
pai foi diretor, guardando Cristina lembranças desses universos, especialmente,
das casas espaçosas, arborizadas e muito confortáveis.
Estudou as primeiras letras em sua
terra natal, sendo alfabetizada por sua prima, Elzanê Férrer de Almeida, na
residência do seu tio-avô, o poeta Manuel Augusto de Almeida, (Nequinho), que,
possuidor de vasta sabedoria, ficava na sua cadeira de balanço observando o
movimento escolar ao seu redor, onde três de suas filhas destacavam-se como
professoras.
O Vigário da Paróquia de Lavras, Padre
Alzir Sampaio, em 1971, fundou o Colégio São Vicente Ferrer e entregou sua
administração às Irmãs Beneditinas, oriundas de Olinda (PE). Cristina Couto
cursou, nesse educandário, o segundo ano primário, ali permanecendo até
concluir a oitava série do Ginasial, em 1977.
Em 1978, passou a cursar o Científico
na cidade do Crato, estudando no Colégio Diocesano e residindo no Colégio Santa
Teresa, mudando-se para Campina Grande (PB) em 1979, para concluir o Segundo
Grau.
Em 1981, foi morar em São Paulo, onde
começou o Curso de Comunicação Social, na Universidade Metodista de Piracicaba,
lugar da sua residência. No ano seguinte, transferiu-se para a Fundação
Universidade Regional do Nordeste (FURNE), em Campina Grande (PB), ali cursando
um semestre e indo morar em Fortaleza, na época, já casada com o jornalista e
radialista Evandro Nogueira.
Dessa união, nasceram os filhos: Tícia
Maíra Nogueira de Almeida Couto, Cientista Política, que trabalha no Congresso
Nacional; e Evandro Nogueira de Almeida Couto, Psicólogo, lotado na Secretaria
de Desenvolvimento Agrário do Estado, casado com Débora Diniz Mendes de Almeida
Couto e pai de Levi Diniz Mendes de Almeida Couto.
Em 2000, já com os filhos criados,
voltou-se para as coisas da Cultura, universo no qual sempre gostou de viver,
dedicando-se aos estudos e às pesquisas, aí começando a sua luta, junto com
outros conterrâneos, pela preservação do Patrimônio Histórico e Arquitetônico
da sua terra natal.
Trabalhando com o apoio de lideranças
culturais, institucionais e políticas, consegui o tombamento de sete prédios de
significativo valor histórico para o seu Município e o Cariri, aí incluindo-se
a Estação Ferroviária, a Casa de Câmara e Cadeia, e a Casa de Dona Fideralina
Augusto, em Lavras da Mangabeira.
Nos anos seguintes, conclui o Curso
de Comunicação Social e Pedagogia, fez pós-graduação em Marketing Político,
Assessoria de Comunicação e Metodologia do Ensino Superior, e mestrado em
Jornalismo Cultural. Já, em 2014,
ingressou no Mestrado em História da Educação Comparada da Universidade Federal
do Ceará, onde cursou todas as disciplinas, fez a Qualificação e o exame de
Proficiência, sempre obtendo nota máxima.
Cristina, no entanto, abandonou o
curso por descobrir sua vocação para a História e que o ensino acadêmico exigia
dela conhecimentos que julgou desnecessários para sua vida, ouvindo, na época,
do seu amigo Jeová Batista de Moura (In Memorian) que ela, Cristina,
para morrer analfabeta, já era escolarizada o suficiente.
Em 2006, trabalhou como assessora
política da Vice-Prefeitura de Fortaleza, sendo aí articuladora de Promoção da
Igualdade Racial, fazendo, nessa época, o mapeamento das Comunidades
Quilombolas do Estado do Ceará, em 2007.
Depois, tornar-se-ia Assessora de
Comunicação da Câmara Municipal de Fortaleza, funcionando, a partir de 2009,
como Assessora Parlamentar desse mesmo Poder, atuando em várias Comissões,
entre as quais, a Comissão do Meio Ambiente e Moradia
Nos anos de 2008 a 2010, foi
interlocutora do Consulado de Portugal em Fortaleza e promotora e coordenadora
de eventos lusófonos realizados no Ceará, em parceria com instituições como a
Câmara do Comércio Brasil - Portugal, o SESC, Câmara Municipal de Fortaleza,
Associação Mares Navegados, CPLP e IMPARH.
Nos anos de 2010/2012, foi professora
titular de Cultura Brasileira e Problemas Sócio-Econômicos, na Faculdade
Evolutivo, de Fortaleza, sendo, igualmente, docente do Ensino Superior no
Instituto Dom José de Educação e Cultura, onde lecionou História da Arte e
Metodologia do Ensino de História.
Em 2013, a convite do prefeito Gustavo
Augusto Bisneto, assumiu a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de Lavras
da Mangabeira, ali ficando até final do mandato, com atuação memorável,
comemorando-se no período os bicentenários da Paróquia (2013) e de criação do
Município (2016).
Como Secretária de Cultura, articulou,
junto ao Governo do Estado, o Projeto de Arte Cênica, O Duelo, realizado pela Mundana Companhia de Teatro, de São Paulo, e apresentado em
Lavras da Mangabeira em duas ocasiões, em junho de 2013 e dezembro de 2016.
Coordenadora do Seminário Temático
Cariri Cangaço, em Lavras da Mangabeira, nos anos 2013/2014/2015/2019, Cristina
colaborou com a Revista do XII
Congresso de História da Educação do Ceará / UFC, onde publicou o artigo “Uma Contribuição
para a História da Educação Rural de Lavras da Mangabeira / CE”, sendo o evento
realizado em sua terra natal, com o apoio da Secretaria de Educação do Estado.
A
convite do prefeito Cláudio Pinho, entre 2017 e 2019, passou a trabalhar como assessora
da Secretaria de Educação de São Gonçalo do Amarante (CE). Nesse Município, foi
também Coordenadora de Articulação Institucional da Secretaria de Governo do Estado
- SEGOV, até agosto de 2020.
Integrante do Instituto Cultural do
Cariri, onde é titular da Cadeira que tem como Patrona, Fideralina Augusto, e
Presidente da Academia Lavrense de Letras, onde ocupa a Cadeira 37, dedicada a
Balbina Lídia Viana Arrais, Cristina é autora dos livros: As Cidades de
Chico Buarque (2010), A Tragédia de Princesa – O caso Ildefonso Augusto
de Lacerda Leite (2018). Almeida, Aragão & Afins – Do Sertão da
Paraíba à Terra de São Vicente Ferrer das Lavras (2020).
Tem artigos publicados nas revistas da
Academia Lavrense de Letras e do Instituto Histórico e Cultural do Ceará, do
Instituto Cultural do Cariri (Itaytera) e da Academia Cearense de
Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro (Terra de Sol). É articulista
do órgão de divulgação do Movimento Internacional Lusófono e do site: https://www.joaovicentemachado.com.br,
de João Pessoa (PB).
Escreveu diversas orelhas, prefácios e
posfácios a livros de outros escritores e tem se destacado como palestrante em
congressos, simpósios, seminários e colóquios em assuntos vinculados às Artes e
à Cultura ou ligados à Música Popular Brasileira e à história política do
Nordeste.
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