Dimas Macedo
Tela produzida no Ceará em 1986,
com esta dedicatória:
"para o amigo Dimas Macedo,
com o abraço do conterrâneo
Bruno Pedrosa
Bruno Pedrosa
Bruno
Pedrosa é o nome pelo qual se tornou conhecido Raimundo Pinheiro Pedrosa,
pesquisador e artista plástico de renome internacional, nascido no sítio
Catingueira, nas proximidades do Rio do Machado, distrito de Mangabeira, aos 11
de janeiro de 1950.
Iniciou
os seus estudos na cidade do Crato, transferindo-se depois para Fortaleza e, em
seguida, para o Rio de Janeiro, onde, em 1974, licenciou-se pela Escola
Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Realizou estágios de aperfeiçoamento em alguns
países da Europa, especialmente França e Inglaterra, integrando-se, na época,
nos meios artísticos e culturais londrinos.
Terminada
a sua formação universitária, dedicou-se ao exercício do magistério, lecionando
Folclore, Museologia e História da Arte em vários estabelecimentos de ensino do
Rio de Janeiro.
Em
1976, ingressou no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, onde permaneceu por
seis anos, tendo aprimorado, na clausura, as suas exímias habilidades de
desenhista e aí optando pelo nome religioso de Bruno Pedrosa, em substituição
ao seu nome secular, Raimundo Pinheiro Pedrosa.
Em
fevereiro de 1981, tendo que fazer opção entre a vida monástica e a pintura,
decidiu-se pela segunda alternativa, montando na oportunidade o seu atelier, transferindo-o
depois para a cidade de Bassano Del Grappa, na Itália, onde reside há mais de
trinta anos.
No
Ceará, fundou o Museu de Arte do Crato e expôs na Galeria do Ideal Clube, na
Galeria Inez Fiúza e na Casa de Cultura Raimundo Cela. E entre as suas exposições
individuais e coletivas, podemos enumerar: Escola Fluminense de Artes Plásticas
e Prefeitura Municipal de Petrópolis, 1968; Salão Fluminense de Belas Artes e
Secretaria de Turismo de Nova Friburgo, 1969; Salão Paranaense de Artes
Plásticas, 1971; e Mostra de Arte Universitária, Porto Alegre, 1973.
Em
1974, participou de exposição coletiva no Palácio de Cristal, em Petrópolis, e
da amostra Litógrafos Sul-americanos no Museu Del Grabado Buenos Aires; e em
1975 integrou as exposições: Artes Plásticas e Literatura, em Manágua,
Nicarágua; Palácio das Belas Artes e Quatro Artistas Brasileiros, no México; e
Cherry e Chasse Art Festival e Gallery Of Contemporary Art, a primeira na
Califórnia e a segunda em Washington, nos Estados Unidos.
Entre
as suas exposições individuais, enumeram-se: Centro de Turismo de Ouro Preto e
Museu Antônio Parreiras (Niterói, 1969); Associação Brasileira de Imprensa
(Rio, 1970); Museu de Arte e Cultura Popular (Cuiabá, 1971); Museu de Arte do
Crato (Ceará) e Galeria de Arte Casablanca (Petrópolis, 1973); Departamento de
Artes da Universidade de Tennessee (1974); Fundação Hartford-Bristol de New
York (Estados Unidos, 1975); Galeria da Casa do Estudante do Brasil (Rio) e
Museu de Arte de São Paulo (1979).
Entre
as suas primeiras premiações, podemos apontar as seguintes: Medalha de Prata,
da Prefeitura Municipal de Petrópolis; Medalha de Bronze, da Sociedade Nacional
de Belas Artes; Medalha de Bronze, da Sociedade Valenciana de Artes Plásticas;
Medalha de Bronze, do Salão Municipal de Juiz de Fora; e Medalha do
Sesquicentenário da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
Em
1973, lançou o álbum Ouro Preto, Cenário
de Tiradentes, o qual, além do sucesso que obteve no Brasil, alcançou
repercussão nos Estados Unidos, com exposições itinerantes na Panamerican
Union, em Washington, na Galeria Couturier, em New Haven, e na Galeria Bristol,
em Minneapolis.
Em 1980, ainda na clausura,
publicou O Mosteiro de São Bento do Rio
de Janeiro, álbum contendo trinta desenhos a bico-de-pena, comemorativo dos
1.500 anos da Ordem Beneditina, com ampla repercussão nos meios artísticos
nacionais e estrangeiros.
Além do álbum acima referido, é
autor de quase uma dezena de livros, sobre arte, pintura, cultura, história e
memorialismo, entre os quais, destacam-se aqueles que escreveu sobre a sua
terra e a sua gente: Sertão Ser Tão
Sertão (2011) e O Povo do São José
(2015), nos quais demonstra ser conhecedor da formação histórica e social do
Ceará.
Paralelamente à pintura, dedica-se às
pesquisas arqueológicas das civilizações pré-colombianas, especialmente a dos
Incas e a dos povos indígenas dos altiplanos bolivianos e das costas do
Pacífico. Visitando in loco todas as
ruínas incas, no Peru, escreveu interessante ensaio sobre a arquitetura e os
sistemas de construções dos povos indianos.
Seu
trabalho passou por várias fases, desde o acadêmico escolar até o abstrato
informal, com viagens pelo surrealismo, expressionismo e fauvismo, numa
pesquisa constante de suas próprias formas de expressão. É considerado um dos
maiores nomes das artes plásticas do Brasil, e um dos brasileiros de maior
repercussão no plano internacional.