O perfil político daqueles que nos representam não deriva de embrião vazio. Eles constituem, sim, retrato de um pensamento que preside a consciência de grande parte da população brasileira: a ideia de tirar proveito de tudo e de todos, independentemente de quais barreiras morais serão necessárias transpor. Evidentemente que esse pensamento não norteia integralmente as mentes brasileiras, até porque não advém de genética pátria particular ou algo parecido, mas de um berço cultural que é disseminado nessas terras e que banha o mar ideológico de muitos daqueles que obstinam ascender socialmente. O próprio voto que, por vezes, toma como diretriz um questionamento particular e não coletivo é exemplo desse modus operandi brasileiro. Quantas vezes, antes de votar, não nos perguntamos: O que este candidato poderá trazer de benéfico à minha vida? Quando deveríamos nos perguntar quais propostas políticas agregam à comunidade como um todo. É a individualização do agir dos tempos atuais, tão bem explanada no texto, que pauta esse raciocinar nacional. E é esse raciocinar que hodiernamente nós temos visto incrustado em nosso políticos. Políticos que deixam de fazer política e gestão para adentrarem no lastimável mundo da politicagem.
Leandro Peixoto Medeiros, 3º semestre da Faculdade de Direito UFC - Diurno
Peço licença, antes de mais nada, para transcrever um trecho que me chamou muita atenção: "O mercado substituiu a política e os intelectuais foram expulsos do espaço público, porque a equação capitalista não precisa de ideias, mas de pessoas dóceis à sua sedução material". É possível perceber, claramente, a partir desse ponto de partida, quais os reais interesses que estão em jogo e como eles passam bem longe de ser o bem da sociedade como um todo. A política, portanto, ao invés de ser uma garantia de defesa dos direitos de cada cidadão, vem sendo usada como ferramenta de realização dos interesses de uma minoria detentora da maior parte das riquezas econômicas. Entretanto, o que ocorre é uma espécie de ciclo vicioso, advindo justamente do fato de o capitalismo sustentar-se, em sua essência, pela subordinação e exploração de seres humanos. E para que isso seja possível, não é só na política que devem inexistir intelectuais, mas na própria base da sociedade em geral. Pois uma massa populacional desprovida de cultura e educação de qualidade, quase que impossivelmente unirá condições necessárias para eleger aos cargos governamentais representantes dignos e merecedores de ocupá-los. Como o próprio título do texto nos permite concluir a Política só pode ser corretamente executada, em favor do bem comum e respeitando-se os Direitos Humanos, se exercida por vocação,por talento verdadeiro!
Érica Bezerra de Almeida, 3º semestre da Faculdade de Direito UFC - Diurno Matrícula: 344178
Vale salientar de maneira bastante sucinta, dado o escopo do comentário ora em tela, que embora bem fundamentado e redigido em muito de seus pontos, peca, nem tanto por falta de fundamento, mas, principalmente, por apresentar uma nostalgia de um passado inexistente. Percebe-se até mesmo em seu ponto nevrálgico, quando se aduz que " o resgate da política enquanto vocação ", visto que desde que a política é assim concebida os dominantes da mesma se utilizam dela para auferir vantagens, geralmente essas sendo ganhas em detrimento do interesse social e da propria sociedade, ainda mais em um pais como o Brasil que tem raizes de uma nação europeia não tão nobre no tocante à uma cultura social. Destarte, não se deve falar em um resgate ou volta, não é a globalização ou capitalismo a causa de tais problemas, são problemas de cunho cultural oriunda cronologicamente desde o descobrimento do brasil, no âmbito nacional, e do descobrimento da política pelo ser humano, em âmbito global, devendo, assim, haver uma criação, instigação, indução da ética política, da política enquanto vocação.
Felipe Mikael Vasques Monteiro, 3º semestre da Faculdade de Direito UFC - Diurno Matrícula: 0334003
O perfil político daqueles que nos representam não deriva de embrião vazio. Eles constituem, sim, retrato de um pensamento que preside a consciência de grande parte da população brasileira: a ideia de tirar proveito de tudo e de todos, independentemente de quais barreiras morais serão necessárias transpor. Evidentemente que esse pensamento não norteia integralmente as mentes brasileiras, até porque não advém de genética pátria particular ou algo parecido, mas de um berço cultural que é disseminado nessas terras e que banha o mar ideológico de muitos daqueles que obstinam ascender socialmente. O próprio voto que, por vezes, toma como diretriz um questionamento particular e não coletivo é exemplo desse modus operandi brasileiro. Quantas vezes, antes de votar, não nos perguntamos: O que este candidato poderá trazer de benéfico à minha vida? Quando deveríamos nos perguntar quais propostas políticas agregam à comunidade como um todo. É a individualização do agir dos tempos atuais, tão bem explanada no texto, que pauta esse raciocinar nacional. E é esse raciocinar que hodiernamente nós temos visto incrustado em nosso políticos. Políticos que deixam de fazer política e gestão para adentrarem no lastimável mundo da politicagem.
ResponderExcluirLeandro Peixoto Medeiros, 3º semestre da Faculdade de Direito UFC - Diurno
Peço licença, antes de mais nada, para transcrever um trecho que me chamou muita atenção: "O mercado substituiu a política e os intelectuais foram expulsos do espaço público, porque a equação capitalista não precisa de ideias, mas de pessoas dóceis à sua sedução material". É possível perceber, claramente, a partir desse ponto de partida, quais os reais interesses que estão em jogo e como eles passam bem longe de ser o bem da sociedade como um todo. A política, portanto, ao invés de ser uma garantia de defesa dos direitos de cada cidadão, vem sendo usada como ferramenta de realização dos interesses de uma minoria detentora da maior parte das riquezas econômicas. Entretanto, o que ocorre é uma espécie de ciclo vicioso, advindo justamente do fato de o capitalismo sustentar-se, em sua essência, pela subordinação e exploração de seres humanos. E para que isso seja possível, não é só na política que devem inexistir intelectuais, mas na própria base da sociedade em geral. Pois uma massa populacional desprovida de cultura e educação de qualidade, quase que impossivelmente unirá condições necessárias para eleger aos cargos governamentais representantes dignos e merecedores de ocupá-los. Como o próprio título do texto nos permite concluir a Política só pode ser corretamente executada, em favor do bem comum e respeitando-se os Direitos Humanos, se exercida por vocação,por talento verdadeiro!
ExcluirÉrica Bezerra de Almeida, 3º semestre da Faculdade de Direito UFC - Diurno
Matrícula: 344178
Vale salientar de maneira bastante sucinta, dado o escopo do comentário ora em tela, que embora bem fundamentado e redigido em muito de seus pontos, peca, nem tanto por falta de fundamento, mas, principalmente, por apresentar uma nostalgia de um passado inexistente. Percebe-se até mesmo em seu ponto nevrálgico, quando se aduz que " o resgate da política enquanto vocação ", visto que desde que a política é assim concebida os dominantes da mesma se utilizam dela para auferir vantagens, geralmente essas sendo ganhas em detrimento do interesse social e da propria sociedade, ainda mais em um pais como o Brasil que tem raizes de uma nação europeia não tão nobre no tocante à uma cultura social. Destarte, não se deve falar em um resgate ou volta, não é a globalização ou capitalismo a causa de tais problemas, são problemas de cunho cultural oriunda cronologicamente desde o descobrimento do brasil, no âmbito nacional, e do descobrimento da política pelo ser humano, em âmbito global, devendo, assim, haver uma criação, instigação, indução da ética política, da política enquanto vocação.
ResponderExcluirFelipe Mikael Vasques Monteiro, 3º semestre da Faculdade de Direito UFC - Diurno
Matrícula: 0334003