Além
da Dra. Dione Oliveira Moura, sua presidente, a banca examinadora da pesquisa
foi integrada pelos professores: Edmundo Brandão Dantas, Sérgio Ribeiro de
Aguiar Santos e Octávio Schwenck Amorelli (o primeiro e o segundo como titulares
e o terceiro como suplente).
As noções de Cinema Nacional, Marketing,
Cadeia Produtiva, Indústria Cinematográfica, Publicidade e Comunicação estão na
raiz da investigação levada a efeito pelas autoras.
Um dos
argumentos desenvolvidos nesse livro faz-se no sentido de que o filme, enquanto
produto cultural e industrial, precisa ser assistido; e afirma que o público de
cinema, no Brasil, necessita ser explorado, pois a sua demanda é considerada potencial.
Entender esse mercado, na visão de Anna Luiza
e Isadora, seria essencial para o desenvolvimento da indústria cinematográfica
brasileira, ainda dependente do apoio estatal e ainda deficiente em relação à hegemonia
estrangeira.
Além de estudar a indústria cinematográfica
no Brasil, a pesquisa aborda a questão do marketing que se aplica a essa forma
de produção, explorando estratégias que envolvem a cadeia produtiva do cinema e
buscando espaços para ampliar a sua inserção no mercado.
A acolhida desse livro no âmbito do programa produção por demanda, da Editora LCR,
de Fortaleza, é um sinal de que as autoras não se esforçaram em vão, e de que
foi justa a recomendação da Banca para que a obra viesse a ser publicada,
especialmente porque foi aprovada com distinção e louvor.
Registro, ademais, que a lição que ficou da
leitura desse livro é que a aplicação do marketing para o cinema brasileiro tem
alto potencial, ainda que muito pouco explorado, e que o investimento oficial,
nesse campo, permanece preso a um processo de estatização, em contraste com os
valores do mercado.
Por fim, faço minhas as palavras
das autoras, no sentido de que “as principais falhas do mercado se evidenciam
no fato de que existe demanda, existe um público potencial, que gostaria de ir
ao cinema mas não vai por motivos variados; e existem filmes que não são
vistos, ora por não conseguirem espaço para exibição, ora por não terem um
planejamento – inclusive de divulgação – para tal!”