Dimas Macedo
O impacto que os exercícios de
leitura provocam em nossa sensibilidade autoriza-nos a que do desenho do texto
possamos extrair as nossas ilações, quando não captar manchas ou sentidos, que
se incorporam aos subterrâneos do nosso imaginário, motivando-nos a que do
prazer, da utilidade ou das possibilidades do texto venhamos a minutar
reflexões acerca da linguagem que nos foi possível apreciar.
No meu livro Ossos do Ofício (Fortaleza, Editora Oficina, 1992) reuni um
conjunto de escritos, produzidos em diferentes oportunidades e respigados em
jornais e revistas fortalezenses e de outras regiões do País. São textos que
não fogem ao destino de se refletirem como anotações momentâneas, redigidas à
margem de algumas leituras, porém despidas do rigor científico que a
metodologia da crítica está a exigir.
A paixão pela descoberta do texto
expressa como que o estímulo que me levou à organização dessa coletânea, a qual
já antevia a possibilidade de ser acompanhada por outros exercícios de leitura
da mesma natureza, da mesma forma que a esse livro precederam: Leitura e Conjuntura (1984) e A Metáfora do Sol (1989), os quais,
juntamente com – Ossos do Ofício (1992)
–, compõem a primeira trilogia de crítica literária levada a efeito pelo autor.
Ossos do Ofício, a seu turno, configura um inventário de textos
literários despido, com certeza, de qualquer pretensão. As recensões, quase
todas, publicadas entre 1984 e 1988, eu as recolhi, na sua maioria, da coluna
que mantive nas páginas do Jornal do
Dorian, sob a editoração lúcida e destemida de Dorian Sampaio e Blanchard
Girão, a quem dedico os escritos que reuni, buscando com isso registrar a minha
mais sincera admiração.
De último, esclareço que a
publicação desse livro não se encontrava cogitada em qualquer projeto literário
do autor. Justificou-se talvez pelo fato de ter sido 1990 o ano em que o autor
aspirou a um balanço da sua produção, com vistas a uma pausa no seu processo de
editoração.
gostei!!!
ResponderExcluirChristina Herbster, gratíssimo.
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