Um dos traços essenciais que trago da infância
é a presença do Padre Alzir Sampaio em minha vida, a começar pelo fato de ser
ele o meu padrinho de batismo, ao lado da sua irmã, a professora Lourdes
Sampaio. Guardo esse signo como se fosse um estigma a remarcar a minha
trajetória.
A religiosidade dos meus pais,
junto à Paróquia de São Vicente Ferrer, em Lavras da Mangabeira (CE), facilitava
a minha comunhão com o carisma desse sacerdote, e com o seu jeito de ser e ensinar,
pois a todos ele se impunha qual o guardião da fé e o educador sutil e
exemplar.
Dele recebi o batismo e a primeira
comunhão, e foi ele quem me preparou para a crisma e para os dons que o Espírito
continua semeando em minha vida. Ter sido seu coroinha, em atos litúrgicos da
Igreja de Lavras, é algo que muito se distingue na minha formação, pois
justamente aí está a raiz da minha obediência e o respeito que tenho pela
Igreja Católica.
Ainda quando estudante de Direito, nos idos de 1979, encetei uma campanha,
plenamente coroada de êxitos, para a criação, em Lavras da Mangabeira, da
Biblioteca Padre Alzir Sampaio, inaugurada pelo Secretário de Educação do
Estado, Antônio Albuquerque de Sousa Filho; e na edição de setembro daquele
ano, no jornalzinho – O Boqueirão –,
publiquei o artigo – Padre Alzir Sampaio:
Um Guardião da Fé.
Fiz, portanto, o mínimo que era possível fazer
pela sua memória, porque imenso é o seu legado, porque firme é a marca da sua
atuação no plano social e educacional, porque grandiosa é sua fé, porque eterna
será a sua presença na memória de muitos lavrenses.
Esse grande arauto de Deus e da Igreja nasceu
para servir; veio ao mundo para combater o mal e para edificar a fé no meio da
razão; e é por isso que a sua obra continua plena e brilhante para todos nós.
Com o livro – Padre Alzir Sampaio: Um Gigante da Fé (Fortaleza, 2013) –, a escritora Luiza Correia Lima
mostra-nos o zelo com que escreveu a biografia desse sacerdote, resgatando
fatos da maior repercussão, pertinentes à sua atuação, na Paróquia de São
Vicente Ferrer.
Autora de dois projetos de pesquisa sobre a
sua terra: Lavras – Ontem e Hoje
(1984) e Na Terra no Boqueirão
(1994), Luiza Correia Lima é historiadora cuja obra devemos sempre consultar.
Neste ano de 2013, no qual a Paróquia de
Lavras completa os seus duzentos anos, Luiza Correia Lima também não deixa por
menos, legando-nos esse livro de cunho singular, porque fundamentado na fé e
elaborado a partir das luzes da razão.
Discurso do Editor deste Blog e fundador da
Biblioteca Padre Alzir Sampaio, vendo-se, no
primeiro plano, o Secretário de Educação do Ceará,
Antônio Albuquerque de Sousa Filho, e o Prefeito
de Lavras da Manbabeira (CE), Olavo Leite.
Inauguração, em 1979, da Biblioteca Padre
Alzir Sampaio, em Lavras da Mangabeita (CE), vendo-se,
da esquerda para a direita: Antônio Albuquerque de Sousa Filho
(Secretário de Educação do Ceará), Luís Lima Lopes, Dimas Macedo,
Luiz Cruz de Vasconcelos (Diretor da Biblioteca Circulante do Ceará),
Francisco Leite de Oliveira (Chico Leite), Ruth Sampaio e Aécio Filgueiras.
Biblioteca Padre Alzir Sampaio, vendo-se, no
primeiro plano, o Secretário de Educação do Ceará,
Antônio Albuquerque de Sousa Filho, e o Prefeito
de Lavras da Manbabeira (CE), Olavo Leite.
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