terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Padre Alzir Sampaio

              Dimas Macedo

 
 
                                                          Igreja de São Vicente Ferrer, em Lavras da
                                                     Mangabeira (CE) e Retrato do Padre Alzir Smpaio

 Um dos traços essenciais que trago da infância é a presença do Padre Alzir Sampaio em minha vida, a começar pelo fato de ser ele o meu padrinho de batismo, ao lado da sua irmã, a professora Lourdes Sampaio. Guardo esse signo como se fosse um estigma a remarcar a minha trajetória.

A religiosidade dos meus pais, junto à Paróquia de São Vicente Ferrer, em Lavras da Mangabeira (CE), facilitava a minha comunhão com o carisma desse sacerdote, e com o seu jeito de ser e ensinar, pois a todos ele se impunha qual o guardião da fé e o educador sutil e exemplar.

Dele recebi o batismo e a primeira comunhão, e foi ele quem me preparou para a crisma e para os dons que o Espírito continua semeando em minha vida. Ter sido seu coroinha, em atos litúrgicos da Igreja de Lavras, é algo que muito se distingue na minha formação, pois justamente aí está a raiz da minha obediência e o respeito que tenho pela Igreja Católica.

  Ainda quando estudante de Direito, nos idos de 1979, encetei uma campanha, plenamente coroada de êxitos, para a criação, em Lavras da Mangabeira, da Biblioteca Padre Alzir Sampaio, inaugurada pelo Secretário de Educação do Estado, Antônio Albuquerque de Sousa Filho; e na edição de setembro daquele ano, no jornalzinho – O Boqueirão –, publiquei o artigo – Padre Alzir Sampaio: Um Guardião da Fé.

 Fiz, portanto, o mínimo que era possível fazer pela sua memória, porque imenso é o seu legado, porque firme é a marca da sua atuação no plano social e educacional, porque grandiosa é sua fé, porque eterna será a sua presença na memória de muitos lavrenses.

 Esse grande arauto de Deus e da Igreja nasceu para servir; veio ao mundo para combater o mal e para edificar a fé no meio da razão; e é por isso que a sua obra continua plena e brilhante para todos nós.

 Com o livro – Padre Alzir Sampaio: Um Gigante da Fé (Fortaleza, 2013), a escritora Luiza Correia Lima mostra-nos o zelo com que escreveu a biografia desse sacerdote, resgatando fatos da maior repercussão, pertinentes à sua atuação, na Paróquia de São Vicente Ferrer.

 Autora de dois projetos de pesquisa sobre a sua terra: Lavras – Ontem e Hoje (1984) e Na Terra no Boqueirão (1994), Luiza Correia Lima é historiadora cuja obra devemos sempre consultar.

 Neste ano de 2013, no qual a Paróquia de Lavras completa os seus duzentos anos, Luiza Correia Lima também não deixa por menos, legando-nos esse livro de cunho singular, porque fundamentado na fé e elaborado a partir das luzes da razão.

                                                             
 
Inauguração, em 1979, da Biblioteca Padre
 Alzir Sampaio, em Lavras da Mangabeita (CE), vendo-se,
da esquerda para a direita: Antônio Albuquerque de Sousa Filho
 (Secretário de Educação do Ceará),  Luís Lima Lopes, Dimas Macedo,
Luiz Cruz de Vasconcelos (Diretor da Biblioteca Circulante do Ceará),
Francisco Leite de Oliveira (Chico Leite), Ruth Sampaio e Aécio Filgueiras.
 
 
 
 
                                                            Discurso do Editor deste Blog e fundador da
                                                          Biblioteca Padre Alzir Sampaio, vendo-se, no
                                                       primeiro plano, o Secretário de Educação do Ceará,
                                                       Antônio Albuquerque de Sousa Filho, e o Prefeito
                                                     de Lavras da Manbabeira (CE), Olavo Leite. 
                                        
 

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