Dimas Macedo
Tela de Rosa Firmo
Em águas de Caponga,
nas ribeiras do sol,
o mar se vai tornando
laranja;
e se vão plantando
estrelas e silêncios;
e se vão tecendo
memórias e lembranças:
nos lençóis de linho
e na nudez de plumas
da magia de Uka;
se vão fazendo lenha
os nossos corpos;
se vão tornando pão
os
nossos lábios,
lavados
pela chama.
Caponga, 06.04.2007.
Poema extraído do livro O Rumor e a Concha
Fortaleza: Edições Poetaria, 2009.
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