A Escola de Ensino Educacional e
Profissional Prof. Gustavo Augusto Lima, de Lavras da Mangabeira (CE), não
produz apenas conhecimentos em matéria de Aquicultura, Agroindústria ou
Agropecuária, conforme a sinonímia dos seus objetivos.
Sabe que a literatura é um ato de
transformação e de coragem, que a escritura é uma existência pressuposta na
raiz das nossas emoções e sentimentos, e que nos recessos mais profundos do
nosso inconsciente, reside uma camada de luz e de mistério, a qual precisamos
cavoucar com a força da palavra.
A literatura é a forma mais poderosa
de recriação e de reconstrução da nossa existência e da realidade que nos cerca
com os seus dramas e apelos. A literatura nos traz o cheiro gostoso da palavra,
e nos faz revisitar a vida que abandonamos a cada passo da nossa caminhada.
Fazemos literatura para que possamos
ser modelos de inspiração para quem nos lê, para que possamos tocar
profundamente o coração humano com aquilo que escrevemos, “para que sejamos uma
canção nova” ou “um sopro de vida através da arte da escrita”.
É com estas palavras, e sentindo-me
honrado com o convite da Professora Sara Holanda Laurindo, que apresento a IV Coletânea de Contos e Poemas produzida
por professores e alunos da Escola de Ensino Educacional e Profissional Prof.
Gustavo Augusto Lima, de Lavras da Mangabeira, em 2017, dando-nos estes novos
escritores a sua contribuição para os prazeres da literatura.
Os
textos, em prosa e verso, são excelentes em face das suas qualidades e da forma com que foram revestidos. Testemunham
aspirações e desejos de uma comunidade e dos seus integrantes, todos envolvidos
com os valores da Esperança e do sentido de Ética e de Justiça.
Falam de sentimentos e homenageiam a terra que me serviu de berço,
referindo-se, igualmente, a alguns dos seus personagens, como é caso de
Dona Fideralina Augusto, a célebre matriarca dos sertões do Salgado, que
tanto se projetou na história política do Nordeste.
Entre os escritos que integram essa antologia, ponho em relevo os
textos que enfocam as comunidades de Mangabeira e Amaniutuba, mas não deixo de
perceber, em toda a estrutura do livro, que o sentimento, a emoção e o afeto
andam de mãos dadas com a reflexão e com o desenvolvimento da mentalidade e a da
cultura pedagógica.
A idealização
desse livro e a sua concretização, devemos ao espírito inquieto de Sara
de Holanda Laurindo e Maria Daniela Alencar, mas aqui não podemos esquecer a
participação dos professores Talita
Mello, Vinícius Brunno e Sarah Denise. A arte visual de Israel Calten e o
trabalho do núcleo gestor e dos
coordenadores, liderados por
Rivandi Leandro Costa, Andreza Gonçalves de Sousa e Francisco Monteiro de Sousa,
devem, igualmente, ser postos em relevo.
Pondo-se o olho no sumário no livro, aí já podemos perceber a dinâmica
que preside o seu processo de montagem, no qual os alunos aparecem irmanados
com os seus professores, mostrando-nos que a literatura é uma arte que prima
pela superação das barreiras entre o popular e o erudito, revelando-nos o gosto
da linguagem que se tece no nosso inconsciente.
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