Dimas Macedo
Nascido aos 5 de janeiro de 1917 na cidade de
Lavras da Mangabeira. Filho do Cel. João Augusto Lima e de Marieta Leite Lima.
Fez o curso primário na terra natal e o ginasial no Ginásio do Crato e Colégio
Castelo Branco, em Fortaleza, de 1929 a 1934.
Ingressou na Escola de Agronomia da
Universidade Federal do Ceará, em 1936, para diplomar-se Engenheiro Agrônomo em
1939, profissão a que deu notável desempenho, como funcionário público e
cientista dos mais conceituados.
Em
Fortaleza, foi servidor do Tribunal de Contas do Estado e subassistente da
Secretaria de Agricultura. Por seis meses, serviu ao Instituto Baiano do Fumo,
na Estação Experimental de Afonso Pena, na Bahia.
De regresso à terra natal, exerceu as funções
de secretário da Prefeitura e o cargo de prefeito municipal, por duas vezes, a
primeira de 31 de março de 1946 a 10 de março de 1947, por nomeação do
Interventor Pedro Firmeza, e a segunda, de 6 de janeiro de 1948 a 31 de janeiro
de 1951, eleito que fora a 8 de dezembro de 1947.
Na cidade que lhe serviu de berço, foi
encarregado do Fomento do Fumo, resultante de acordo firmado entre o Estado do
Ceará e o Município de Lavras, e ali criou o serviço de combate à saúva,
debelando mais de vinte mil sauveiros existentes no município.
Como
prefeito de Lavras da Mangabeira, foi profícua a sua administração,
destacando-se a instalação do Posto Agropecuário e da Usina de Eletrificação da
cidade, a criação do Colégio Agrícola, a construção dos prédios da Prefeitura
Municipal e dos Correios e Telégrafos, a reconstrução do Grupo Escolar.
No Colégio Agrícola por ele edificado, exerceu
as funções de Professor Catedrático de Agricultura Geral e Especial e o cargo
de diretor, nomeado por portaria de 31 de dezembro de 1953, exercendo a direção
desse estabelecimento de ensino até 28 de maio de 1963.
Do
posto de Professor, afastou-se para exercer o mandato de Deputado Estadual,
função que exerceu de 30 de maio de 1963 a 8 de dezembro de 1965. Na tribuna da
Assembleia Legislativa, muito reivindicou em favor do seu município e do ensino
agrícola no Ceará, tendo apresentado diversos de projetos de leis em prol do
desenvolvimento agrícola do Ceará, fazendo de Lavras da Mangabeira o centro das
suas atenções.
Em
1967, reassumiu as funções de professor do Colégio Agrícola, cargo que ocupou
por bastante tempo. Cientista e escritor, membro da Associação de Engenheiros
Agrônomos do Ceará e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia,
é autor dos livros: A Cultura do Arroz
(1973), A Cultura do Milho (1976), A Cultura do Feijão-de-Corda (1980) e A Cultura da Cana-de-Açúcar (1984).
Para
o escritor Pereira de Albuquerque, o que mais o fascinava esse notável lavrense
“era o exercício do magistério, bom professor que era. A sala de aula era o seu
palco preferido. Aí, sim, cercado de alunos e dissertando sobre agricultura,
oferecia o melhor de si”.
Foi
um dos mais eficientes prefeitos que Lavras da Mangabeira conheceu e um dos
seus maiores beneméritos. A sua retidão, o seu humanismo e a sua devoção à
causa social e educacional constituem um exemplo de vida e de trabalho a
iluminar as novas gerações.
Como
destacou João Alves Teixeira, em artigo publicado no jornal O Povo, enquanto prefeito de Lavras “ele
revolucionou, inovou, construiu, conseguindo milagres, verdadeiramente
surpreendentes, na área sócio-educativa-assistencial”.
Tendo
falecido aos 28 de dezembro de 1988, a sua trajetória de vida encontra-se
retratada no livro – Gustavo Augusto
Lima: 1917 – 2017, de Rejane Monteiro Augusto Gonçalves (Fortaleza, 2017),
sendo ele Patrono de uma das cadeiras da Academia Lavrense de Letras.
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