Filho de José Alves de Araújo e de Alzira Crispim de Araújo, João Crispim de Araújo nasceu no sítio Cantinho, distrito de Mangabeira, na parte dessa localidade que extrema com a sede municipal de Lavras da Mangabeira, a 1º de fevereiro de 1925.
Trata-se de
Frade da Ordem dos Franciscanos Menores (OFM), conhecido na vida religiosa pelo
nome de Reginaldo Araújo, cuja infância transcorreu entre o sítio Campos, no
município do Icó, e o sítio Cigano, pertencente ao território de Baixio, tendo
os seus irmãos se espraiado também pelo distrito de Amaniutuba.
Chamado de Josi
por seus familiares, desde muito cedo, sentiu a chama do amor e da fraternidade
nos recessos do seu coração, e percebendo o sopro de Deus em sua caminhada, se
deixou levar pelos ruídos da voz interior, consagrando-se à liberdade da
obediência e aos exemplos da vida de Jesus.
Aos vinte e
três anos, atendendo aos apelos da sua vocação, ingressou no Convento de
Santo Antônio, na cidade de Canindé, para onde sempre regressou, pois ali se
sentia mais à vontade em face da religiosidade popular.
Serviu nas
províncias dos Capuchinhos em Campina Grande (Paraíba), e em São Cristóvão
(Estado de Sergipe), onde se destacou como Ecônomo e Diretor Espiritual. Esteve
durante algum tempo em Salvador, adido ao Convento de São Francisco, localizado
na comunidade de Brotas, hoje, Casa de Repouso São Francisco.
Durante mais de
quinze anos, serviu no Convento de Santo Antônio, no Recife, onde trabalhou no
Comissariado da Terra Santa, condição que possibilitou a sua passagem por
diversos Conventos Franciscanos a serviço dessa missão.
Frei Reginaldo Araújo residiu também
em Fortaleza, no Convento Nossa Senhora das Dores, tendo sido acolhido, a
partir da década de 1960, na Província Franciscana de Canindé, comunidade onde
viveu a maior parte dos seus sessenta anos de consagração.
Naquela
localidade, destacou-se pelos seus relevantes serviços prestados à causa
social, contando-se entre eles a instalação do Hospital São Francisco, casa de
repouso na qual veio a falecer, aos 19 de dezembro de 2011 .
No seio da
comunidade franciscana, era tratado carinhosamente pelo nome Régis, tinha como
lema de vida: “colhemos aquilo que plantamos”, e costumava afirmar que veio ao
mundo para viver os Evangelhos de Jesus.
Conhecido pela
sua humildade e desapego, viveu até o último momento os votos de obediência,
castidade e pobreza, consagrando-se, durante toda a vida, ao ideário de Servo
do Senhor, sempre em defesa dos necessitados, ajudando-os conforme o mandamento
cristão: “dá, de tal forma, que a tua mão direita não veja o que a mão esquerda
entrega ao teu irmão”.
Franciscano de
grandes virtudes, modelo de honradez e dignidade, Frei Reginaldo Araújo era
detentor de um espírito alegre e comunicativo, e costumava dizer para todos que
“tudo estava tinindo”, e que a fraternidade e o amor estavam no centro da
ressurreição e no caminho de volta para o pai.
Um dos seus
irmãos, de nome Josemar, destacou-se, em Lavras da Mangabeira, pela vocação da
causa que abraçou – a política institucional, tendo sido Vereador e
Vice-Prefeito daquele Município.
Ao lado do Frei
Jeremias Ciriaco, nascido no distrito de Quitaiús, e também pertencente à Ordem
dos Franciscanos Menores (OFM), Frei Reginaldo Araújo forma a dupla de
religiosos, nascidos em Lavras da Mangabeira, que mais alto se elevaram diante
vida consagrada à causa dos irmãos.
Caro primo amigo Dimas. Fiquei surpreso ao ler a sua resenha no seu blog sobre João Crispim de Araújo conhecido na vida religiosa por frei Reginaldo Araújo, Filho de José Alves de Araújo e de Alzira Crispim de Araújo.
Pois não conheci e nem nunca ouvi falar neste ilustre conterrâneo que embora não tenha sido em sua terra natal prestou grandes serviços ao povo brasileiro principalmente na área espiritual.
Pois isto caracteriza uma grande falha da secretaria de cultura e dos meios de comunicação da cidade; acho que é um dever destes órgãos publicar o falecimento ou aniversario de falecimento de um filho ilustre do município, que tem prestado extraordinários serviços a qualquer comunidade do País, para que os conterrâneos ficarem cientes do acontecimento e incluírem em suas orações, prestando homenagens ao falecido.
O que se vê ê um cidadão Lavrence que depois de ter sua vida toda dedicada ao serviço de Deus no momento da sua despedida está esquecido pelos seus conterrâneos, lamentável isto.
Obrigado um forte abraço.